Os cinco sentidos e a casa

Os cinco sentidos e a casa

Os aspectos sensoriais e suas interações modulam a percepção de aconchego e decodificam o conforto no lar. Estou falando da importância dos cinco sentidos na casa. 
O conforto do lar é decodificado por eles, que modulam nossas percepções.           

Olfato: aromas de flores, óleos essenciais, o café fresco ou um bolo no forno despertam sensações imediatas.

Audição: sons da vida cotidiana, risadas e músicas moldam memórias, enquanto a acústica do espaço protege contra ruídos externos.       

Visão: a luz natural é fundamental para saúde, produtividade e humor. Casas bem iluminadas regulam o ciclo biológico e melhoram o descanso. 

Paladar: cozinhar e compartilhar refeições intensifica vínculos, reforçando a cozinha como coração da casa.

Tato: texturas como madeira, pedra e tecidos despertam respostas sutis, conectando-nos à natureza.

Esses estímulos sinestésicos tornam os ambientes mais vivos e alinhados à nossa essência. Por isso a importância de trazer para o interior da casa os elementos naturais pois eles guardam familiaridade com a nossa própria essência.

Tendências que importam

Tendências que importam

O futuro do design não está no que é novo está no que é verdadeiro. O design está deixando de ser estética, está virando experiência, emoção, vínculo. É o valor do cuidado, da beleza do imperfeito. É a casa como espaço de cura, com design com alma, regenerativo, sensorial. O feito à mão não é passado, é potência. Design que toca, que cura, que transforma. É o feito à mão, com imperfeição e presença, ganha protagonismo e toca de verdade.  Artesanato brasileiro como forma de expressão cultural e os fazeres que são tendências atuais: cerâmica artística e utilitária, cestaria com fibras naturais, velas aromáticas e terapêuticas, tecelagem, arte têxtil, tear e bordado, artesanatos diversos com reciclagem, macramê moderno, crochê e tricô, objetos com a técnica de feltragem, artigos e esculturas em madeira e acessórios de moda com upcycling.

Ecologia social e o design

Ecologia social e o design

A nossa forma de estar no mundo, de projetar novos interiores e novos produtos para as nossas casas, mais do que nunca, precisa estar dentro da concepção: 
o nosso viver em comum. O design precisa contemplar as relações com o ambiente natural e com o ambiente social, em direção à ecologia social.

É quando o design entra com o cuidado na criação de produtos que contemplem o desenvolvimento sustentável como um todo, um conceito que vai além do que reduzir os impactos ambientais. ecologia social e o design caminham juntos para construir um futuro mais sustentável, onde as soluções são pensadas de forma integrada, considerando as relações entre as pessoas, o ambiente e a sociedade como um todo.Os exemplos de aplicação vão desde produtos multifuncionais e duráveis, uso materiais reciclados e recicláveis, ao design inclusivo. Os benefícios da integração entre a ecologia social e o design através de soluções que consideram as necessidades dos usuários, são o bem-estar humano, a preservação ambiental com as ações que visam reduzir os impactos, ao desenvolvimento sustentável através de soluções que equilibrem as necessidades sociais, ambientais e econômicas.  

Os objetos e os seus significados

Os objetos e os seus significados

“Os objetos devem nos fazer companhia”. A frase do mestre Achille Castiglioni dá uma pista sobre o papel dos objetos ao nosso redor. Eles vão além da funcionalidade, eles interferem em nosso cotidiano de vários modos: podem nos alegrar, divertir, irritar, acalmar, encantar…eles perpassam sentimentos e emoções. 

Fatores emocionais estão presentes em um produto e são identificados em três dimensões: visceral, comportamental e reflexiva, em graus diferentes e interações variadas. Também no tema sobre o poder dos objetos que promovam experiências agradáveis, há um estudo que se apoia em três pilares: design para o prazer (felicidade derivada do ato de aproveitar o momento), para o significado pessoal (perseguir objetivos próprios) e para a virtude (ser moralmente bom).

Independente da linha de pesquisa, percebe-se que a emoção que o objeto passa vai além da dobradinha, forma e função. Em alguns casos a estética ou a simbologia adquire até mais peso. Sabemos emocionalmente aquilo que nos toca, queremos manter perto dos nossos olhos e do nosso coração. 
 

 

Artesanato e Identidade Brasileira

Artesanato e Identidade Brasileira

Durante muito tempo o Brasil buscou referências internacionais no design de móveis e decoração. Mas, há mais de uma década, o país encontrou sua identidade genuína. Made in Brasil consolidou-se mundialmente, com designers que traduzem nossa cultura em criações originais. Esse movimento acontece em paralelo com o artesanato brasileiro, que ganha crescente valorização. Materiais naturais abundantes e talentos locais revelam um universo de peças feitas à mão, cheias de identidade, raízes e afeto. Marcas autorais de pequenos empreendedores têm impulsionado o mercado, conectando tradição com inovação. As tendências globais apontam para técnicas tradicionais, produção local e sustentabilidade.

O artesanato não é apenas expressão cultural, mas também motor da economia criativa. Novos projetos reforçam esse posicionamento, promovendo o segmento artesanal autoral e sustentável. Com a colaboração do design, o artesanal alcança resultados mais eficazes, sem perder a essência manual. Cada peça traz história, cultura e memória do lugar onde nasceu, carregando valor único e humano.